Ontem, a Agência Pública colocou no ar uma das reportagens mais importantes do ano no Brasil. Nela, a jornalista Clarissa Levy revela como o iFood, por meio de agências de publicidade, criou perfis falsos em redes sociais e se infiltrou em manifestações para tentar sabotar o movimento dos entregadores.
É uma leitura longa que vale muito, muito a pena. Um ótimo ponto de partida é o fio que a própria autora da reportagem publicou no Twitter.
"A gente matou o Galo", diz Adriana Souza, sócia da agência Benjamim Comunicação, em um vídeo obtido pela Pública. Ela se refere a Paulo Lima, o Galo do Movimento dos Entregadores Antifascistas.
No mês passado, a prefeitura do Rio lançou um aplicativo chamado Valeu, que em tese oferece condições melhores tanto para os entregadores quando para os restaurantes.
Ralf MT, que também é ativista da causa dos trabalhadores de delivery, criticou a iniciativa, alegando que os motoboys não foram consultados.
Mas o que nós podemos fazer agora para ajudar os entregadores que o iFood tentou sabotar? O Galo responde:
Apoie o #apagaodosapps quando ouver, apoie as greves, converse sobre a importância da luta com os entregadores que vão aí na sua porta, se for da caixinha de em dinheiro ou pix direto pro entregador e diga a ele o quanto a @iFood é um lixo, mas que o trabalhador é valioso!
— Galo (@galodeluta) April 3, 2022
Se você quiser apoiar o Galo diretamente, pode fazer contribuições mensais pelo Apoia.se ou avulsas via PIX.
Fique também de olho na conta @tretanotrampo, no Instagram, que divulga protestos e greves dos entregadores em várias cidades do Brasil.
Nesta publicação de julho de 2021, durante o segundo Breque dos Apps, eles listam uma série de ações que os consumidores podem tomar para ajudar o movimento, como aderir aos boicotes, comparar a taxa que você pagou com a que o entregador recebeu e divulgar as iniciativas nas ruas e nas redes sociais.