As ações da Meta dispararam 20% após a empresa divulgar o balanço de 2022 e Mark Zuckerberg conversar com investidores.
O QUE HOUVE? Em 2022, o faturamento da Meta caiu 1%, para US$ 116,6 bilhões, as despesas aumentaram 23%, para US$ 87,6 bilhões e o lucro despencou 41%, para US$ 23,2 bilhões.
Apesar disso, os investidores estão confiantes nas palavras e, principalmente, nas ações de Zuckerberg.
O cofundador e CEO da Meta disse que 2023 será “o ano da eficiência” na empresa, e que a demissão de 11 mil funcionários, em novembro, foi o primeiro passo dessa nova era.
“Nosso mote gerencial para 2023 é ‘o ano da eficiência’ e estamos focados em nos tornar uma empresa mais ágil e mais forte”, disse Zuckerberg em nota.
O executivo prometeu tornar a infraestrutura da Meta mais enxuta, reduzindo o número de camadas de gerência. Novas demissões não estão descartadas.
Nas redes/aplicativos legados da Meta, o foco deverá continuar no motor de descoberta por inteligência artificial e nos Reels.
E, mesmo com todas as reclamações, a família de apps da Meta atingiu uma marca histórica no quarto trimestre de 2022: pela primeira vez, 2 bilhões de pessoas usaram pelo menos um deles todos os dias (DAUs).
OK, MAS… O metaverso está fora da política de austeridade da Meta.
Em 2022, a investida no ambiente virtual gerou US$ 727 milhões em receita e um rombo de US$ 13,7 bilhões. E para 2023, Zuckerberg avisou, o prejuízo deverá ser ainda maior.
O QUE MAIS? A Meta anunciou um grande programa de recompra de ações, de US$ 40 bilhões. Em 2022, a empresa gastou US$ 27,3 bilhões recomprando suas próprias ações.
O mecanismo de recompra de ações é usado por empresas de capital aberto para valorizar as ações dos investidores externos remanescentes.
O anúncio contrasta com a narrativa que justificou a demissão de 13% da força de trabalho da Meta, em novembro de 2022.
Essas demissões geraram um custo único de US$ 4,2 bilhões, segundo a Meta.
