O Twitter tinha planos de monetizar canais de conteúdo adulto a partir de um serviço de assinatura, semelhante ao que faz o Only Fans. O projeto foi interrompido após funcionários descobrirem que a plataforma é incapaz de detectar e moderar conteúdos relacionados a pornografia, incluindo nudez consensual e imagens de abuso infantil.
A informação é do site The Verge, que obteve 58 documentos internos do Twitter e fez múltiplas entrevistas com funcionários e ex-funcionários.
A HISTÓRIA. No primeiro semestre deste ano, o Twitter iniciou planos para tirar do papel a monetização de conteúdo adulto na plataforma.
Antes do lançamento do projeto, chamado de Adult Content Monetization (ACM), uma equipe com 84 funcionários foi convidada para a discutir como a empresa faria isso “com segurança e responsabilidade”, segundo a apuração do The Verge.
A chamada “Equipe Vermelha” concluiu que o Twitter não era capaz de eficientemente detectar conteúdo sexual em larga escala na plataforma, além de não possuir recursos suficientes para verificar se criadores e consumidores desse conteúdo adulto teriam idade legal para isso.
A liderança da empresa, então, decidiu por não lançar o programa.
No início do ano, segundo o The Verge, o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC, na sigla em inglês) alertou o Twitter que sua plataforma estaria permitindo conteúdo que “obviamente” seria pornografia infantil.
