Autoridades russas possuem ferramentas de vigilância digital para monitorar atividades em aplicativos criptografados, como WhatsApp e Signal, segundo o jornal The New York Times.
Essas ferramentas podem rastrear a localização de telefones, identificam quem está por trás de usuários anônimos e invadem contas.
O teor da reportagem se baseia em documentos de fornecedores de vigilância russos, especialistas em segurança, ativistas digitais e um envolvido nas operações de vigilância digital do país.
A descrição da reportagem sobre os possíveis usos dessas ferramentas se assemelha às denúncias feitas por Edward Snowden em 2013 sobre as armas de ciberespionagem das agências de segurança dos Estados Unidos.
ENTENDA. Uma das empresas russas mencionadas, MFI Soft, possui um sistema de rastreamento que exibe informações sobre assinantes de telecomunicações, juntamente com análises estatísticas do tráfego de internet, em um painel de controle especializado usado por órgãos policiais russos.
Já outra ferramenta da MFI Soft pode rastrear a localização de dois telefones ao longo do dia para determinar se eles se encontraram simultaneamente, indicando um possível encontro entre as pessoas.
A reportagem não detalha como as ferramentas russas contornam a criptografia dos apps, mas indica que elas permitem a vigilância de atividades em aplicativos como WhatsApp e Signal. As ferramentas podem ter mecanismos para acessar ou contornar a criptografia, mas os métodos exatos não são mencionados.
TEM MAIS. Segundo o veículo, essas tecnologias também são vendidas para outras regiões, como Europa Oriental, Ásia Central, África, Oriente Médio, América do Sul e até áreas da Ucrânia atualmente ocupadas por tropas russas.
Núcleo Jornalismo
Via New York Times (em inglês)
