A Meta divulgou o seu balanço financeiro do terceiro trimestre e… o estrago foi grande.
O QUE HOUVE? Faturamento (US$ 27,7 bilhões) e lucro (US$ 4,4 bilhões) encolheram em relação ao mesmo período de 2021, em -4% e -52%, respectivamente.
Não bastasse a perda de metade do lucro, o Reality Labs, departamento dedicado ao metaverso, continua consumindo quantias absurdas de dinheiro. E faturou menos.
No trimestre, a divisão faturou US$ 285 milhões, cerca de metade do que faturou um ano atrás, quando o Quest 2, seu headset mais acessível, custava menos e era novidade.
O prejuízo com iniciativas do metaverso disparou, chegando a US$ 3,67 bilhões. No ano, a Meta já perdeu US$ 9,4 bilhões nesse departamento.
E vai piorar: no comunicado à imprensa, a Meta informou que “espera que o prejuízo operacional do Reality Labs em 2023 cresça significativamente em relação ao ano anterior”.
JUSTIFICATIVAS. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, tentou acalmar os investidores na conferência realizada após a divulgação do balanço:
“Veja, eu entendo que muita gente talvez discorde deste investimento [no metaverso], mas do que posso falar, acho que isso será algo muito importante e acho que seria um erro para nós não focar em quaisquer dessas áreas, que acho serão fundamentalmente importantes no futuro.”
IMPACTO. Os papéis da Meta despencaram quase 20% no “after market”. No ano, a queda é de 60%.
A Meta está avaliada em US$ 348 bilhões, cerca de um terço da máxima alcançada em setembro de 2021, quando a empresa chegou perto de valor US$ 1 trilhão.
Via Meta (PDF) (2), New York Times, CNBC (todos em inglês).
