Duas boas ideias do Bluesky

O desafio da nova rede social é executá-las de tal maneira que esses conceitos se tornem mais acessíveis.

A criação do Bluesky em 2019, dentro do Twitter, foi providencial. O espaço, hoje livre do Twitter e ainda fechado para convidados, ganhou renovado interesse da imprensa e entre usuários como mais uma alternativa promissora ao Twitter.

Passei os últimos dias tentando entender os diferenciais do Bluesky em relação ao Twitter e ao Mastodon.

Hoje, a experiência dentro do Bluesky é muito similar à do Twitter das antigas, com leiaute simples, foco em texto e uma comunidade enxuta. Segundo a CEO, Jay Graber, em entrevista ao The Verge publicada no último dia 17, há pouco mais de 20 mil usuários na rede.

A parte comparável ao Mastodon — a descentralização — ainda não está funcionando. De certa forma, essa ausência se revela uma vantagem, visto que o “onboarding” é descomplicado, sem os atritos que a própria noção de descentralização, com instâncias/servidores, costumam gerar. Não deve ser assim para sempre, porém.

Há dois recursos que podem ser considerados inovadores no Bluesky.

  • O primeiro é a identificação. Ao contrário do Mastodon, que atrela o usuário à instância/servidor onde ele está, o Bluesky permite usar um domínio, como “nucleo.jor.br”, como identificador, independentemente de onde o usuário estiver. Essa abordagem facilitará migrações e alguém poderá manter o mesmo nome de usuário aonde quer que esteja.
  • A outra está nas camadas de recomendação e moderação algorítmica, que o Bluesky promete desacoplar do produto principal, ou seja, torná-las modulares. Se tudo correr bem, haverá um mercado de algoritmos que as pessoas poderão aplicar em seus feeds.

Se ainda é cedo para dar um veredito, já dá para dizer que são ideias no mínimo interessantes. O grande desafio da pequena equipe do Bluesky é executá-las de tal maneira que esses conceitos, sem dúvida complexos para a maioria das pessoas, se tornem mais acessíveis.

O que mais saber

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O Artifact ganhou um recurso de inteligência artificial que resume posts. [@artifact_team/Medium]

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O pessoal do BeReal acordou e anunciou um novo recurso: dois posts extras para quem posta suas fotos duplas dentro da janela temporal da notificação. [Núcleo]

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O ChatGPT ganhou melhorias em privacidade, uma ferramenta para exportar conversas e, em breve, terá uma assinatura corporativa. [Núcleo]

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Os avatares da Meta ganharam uma repaginada, com texturas de roupas e cabelos melhores e novos formatos de corpos. [Meta]

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O Pinterest tem 463 milhões de usuários. [SocialMediaToday]

Snapchat
Nem todo mundo curtiu o My AI, chatbot de IA do Snapchat. Após liberá-lo a toda a base de usuários, o aplicativo recebeu uma chuva de notas ruins (uma estrela) nas lojas de apps. [TechCrunch]

Telegram
O Telegram está bloqueado no Brasil desde a noite de quarta-feira (26). [Núcleo]

O bloqueio do Telegram no Brasil pode ser burlado usando serviços de VPN. [Núcleo]

TikTok
O TikTok ganhou um gerador de imagens de exibição com IA, tipo aquele aplicativo… qual era o nome mesmo…? que foi super famoso por três dias em algum momento dos últimos meses… esqueci total o nome dele. [@MattNavarra/Twitter]

Dicas do próprio TikTok para campanhas com criadores efetivas. [TikTok]

Twitter
Agora só é possível fazer pesquisas no Twitter estando logado(a). [Mashable]

WhatsApp
Agora é possível usar uma conta no WhatsApp em dois celulares ao mesmo tempo. [Blog do WhatsApp]

Agora é possível salvar uma mensagem em conversas temporárias, em que as mensagens por padrão somem depois de um tempo. [Núcleo]

YouTube
O aplicativo YouTube Music agora tem podcasts. Por enquanto, só nos EUA. [TechCrunch]

Uma nova séries do próprio YouTube promete destacar as principais tendências da plataforma no mundo inteiro. [Blog do YouTube]

O Google anunciou dois novos formatos de anúncios baseados em tendências musicais, ambos focados na geração Z (18 a 24 anos). [Blog do Google]

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