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Quem não curte olhar para o passado a partir do conhecimento de ciências como a paleontologia só pode estar morto por dentro, e sem chance de fossilizar. De animais e plantas e até seres microscópicos, é espantoso pensar que quando olhamos um fóssil, muitas vezes estamos vendo seres que habitaram a Terra há milhões de anos.

Este post traz alguns exemplos de remanescentes super bem preservados de seres que viveram em outras eras geológicas.

Mario Bros.

Um espécime do Edmontonia rugosidens parece saído diretamente do universo Mario Bros. Aqui ele aparece em uma réplica encaixada num esqueleto, com algumas partes completadas artificialmente.

Esqueleto montado do Edmontonia rugosidens no Museu Americano de História Natural, em Nova York. Foto: Shriram Rajagopalan via Wikimedia Commons

O Edmontonia foi um dinossauro encouraçado da família dos nodossaurídeos que viveu durante o período Cretáceo. Apesar dessa aparência robusta, eram herbívoros, e os espinhos serviam para defesa.

Ilustração: Mariana Ruiz via Wikimedia Commons

Bebê dinossauro

Este embrião de dinossauro é uma ilustração, mas na época da sua divulgação ele confundiu e empolgou muita gente que viu só a chamada das matérias em que o desenho foi usado.

Quem clicou acabou vendo que a imagem real era essa aqui de baixo. E a verdade é que ela em si já é capaz de empolgar, sendo mais que suficiente para tirar um "Oh!" de quem olha.

Foto: Xing e colaboradores/ Universidade de Birmingham

Fóssil cabeludo

O próximo fóssil não parece tão preservado como os anteriores, mas traz um detalhe interessante: tem pelos! A Aline Ghilardi trouxe ele como exemplo de que é possível sim encontrar cabelo ou pelo fossilizado.

O Maiopatagium era um mamífero que viveu durante o Jurássico onde hoje fica a China. Graças a uma estrutura membranosa chamada patagium ele podia planar.

Impressão artística do Maiopatagium em uma floresta jurássica. Crédito: April I. Neander / Universidade de Chicago

Porco-do-mofo

Para não ficar somente nos mamíferos e répteis, vamos dar uma olhada no que os cientistas encontraram num dos materiais mais queridos de quem estuda o passado: o âmbar.

Imagem: G.Poinar e colaboradores

O porco-do-mofo leva essa nome por sua aparência e sua dieta, constituída principalmente de fungos. O espécime encontrado no âmbar tem cerca de 30 milhões de anos.

Um fato curioso é que um dos cientistas que o descreveu, e que trabalhou a carreira toda com âmbar, é também autor do artigo de 1982 que deu ao autor de ficção científica Michael Crichton a ideia de extrair DNA de dinossauro de insetos presos em âmbar, como retratado no filme Jurassic Park. (Gizmodo)

Pena de dinossauro à moda do chef

Âmbar com inseto e penas danificadas. Imagem: Taiping Gao e colaboradores
Mesophthirus engeli. Ilustração: Taiping Gao e colaboradores

Esse simpático inseto preservado no âmbar podia não ser tão simpático assim aos olhos do dinossauro penado que o carregava.

É que o Mesophthirus engeli foi encontrado junto com penas de dinossauros carcomidas, e os cientistas acreditam que se tratava de um inseto parasita, que se alimentava delas. Isso me faz pensar que, em termos de hábitos alimentares, não há o que não haja.

Entre o lobo e o cachorro

Esse corpo super bem conservado pertence a um animal mais jovem. É o filhote de uma espécie que ainda não se sabe se mais próxima dos lobos ou dos cães. O animal é datado de 18 mil anos, foi encontrado no permafrost siberiano e apelidado de Dogor.

Foto:Sergey Fedorov/ North-Eastern Federal University

Atualmente, ele está sendo estudado para caracterização da espécie, como explicou um dos cientistas envolvidos no estudo.

"[Quando encontramos] não sabíamos quantos anos tinha. Há coisas que ficam congeladas no permafrost que têm apenas algumas centenas de anos ou mesmo algumas décadas. Estávamos empolgados, mas tínhamos uma dose saudável de ceticismo até datarmos por radiocarbono. Obviamente, quando obtivemos os resultados de que tinha 18.000 anos, tudo mudou", disse Love Dalén. (Metro)

Agradecimento: João Lucas da Silva

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