Comitê de Supervisão da Meta divulga relatório anual de 2022

Documento traz destaques de impacto do Comitê e mostra os pontos nos quais a Meta precisa melhorar

O Comitê de Supervisão da Meta, órgão independente responsável por revisar casos de moderação de conteúdo, divulgou, nesta terça-feira (6.jun.2023), seu relatório de transparência e impacto de 2022.

No documento, a entidade afirma que as suas recomendações ajudaram a tornar as políticas da Meta mais transparentes para os usuários. No entanto, também afirma que a empresa precisa melhorar alguns aspectos de usabilidade e até mesmo transparência.

IMPACTO. O Comitê avalia as melhorias na Meta com base nas recomendações em suas decisões. Conforme mencionado no documento, algumas das principais sugestões aceitas que tiveram impacto foram as seguintes:

  • Políticas violadas: a Meta agora informa o motivo da remoção de um conteúdo moderado, informando as políticas específicas burladas, como Discurso de Ódio, Indivíduos e Organizações Perigosas, e Bullying e Assédio;
  • Quem moderou: a plataforma também agora informa se a remoção foi resultado de revisão humana ou automatizada;
  • Protocolo de Política de Crise: após recomendações do Comitê, a Meta implementou uma equipe de coordenação de crises dedicada, disponível 24/7, para lidar com crises iminentes e emergentes, fornecendo supervisão operacional especializada;
  • Proteções estendidas a grupos em risco: ao Comitê, a empresa se comprometeu a oferecer maior proteção a pessoas em particular risco de terem seu conteúdo removido incorretamente, incluindo jornalistas, veículos de imprensa e ativistas;
  • Aprimoramento na detecção de imagens com texto alternativo: a Meta aprimorou suas técnicas para identificar o contexto de câncer de mama em conteúdos do Instagram, que por vezes levava na moderação de conteúdo sob a justificativa de conter nudez.

NEGATIVO. O relatório também aponta áreas de melhoria para a Meta, entre eles:

  • Unificação: em 2021, o Comitê recomendou que as políticas de conteúdo do Instagram e Facebook fossem unificadas pela Meta. No entanto, segundo o órgão, a empresa tem "repetidamente adiado o prazo" para realizar essa unificação, o que levanta preocupações sobre a consistência e coerência das políticas adotadas pela empresa;
  • Valor notícia: o Comitê destacou a falta de transparência no que é "valor notícia" para a Meta, critério que permite publicações que violam as políticas da empresa por considerações de "interesse público";
  • Tradução de diretrizes: Além disso, o Comitê discorda da decisão da Meta de não traduzir as diretrizes internas para os moderadores em suas línguas nativas. Embora a empresa argumente que todos os moderadores são fluentes em inglês, o Comitê destaca que a orientação somente em inglês pode levar a uma falta de compreensão do contexto e das nuances de vocabulário, resultando em possíveis erros na aplicação das políticas de moderação.

Via Oversight Board (em inglês)

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