União Europeia investiga TikTok por mau uso de dados
Carta da presidente do bloco afirma que há “múltiplas investigações” ativas sobre mau uso de dados de usuários, em especial menores de idade, pelo TikTok.
A presidente da União Europeia, Ursula von der Leyden, confirmou nesta terça (22.nov) que o bloco está investigando práticas de mau uso de dados de usuários por parte do TikTok, em especial, menores de idades. A informação foi divulgada pelo Comissário Federal de Comunicações da UE, Brendan Carr, no Twitter.
O QUE DIZ A CARTA? Leyden confirmou as investigações em andamento em uma carta enviada a membros do parlamento europeu preocupados com proteções de dados no TikTok. Na carta, a presidente da UE diz que as prática de dados do TikTok são objeto de “múltiplas investigações” ativas.
O documento menciona que existem investigações na Irlanda e Dinamarca com base em leis locais para proteção de dados. Segundo a presidente, ambos teriam relação com o mau uso de dados de menores de idade.
NEW: The President of the European Commission, Ursula von der Leyen, confirms that #TikTok’s data transfers are under investigation & object of several ongoing proceedings.
— Brendan Carr (@BrendanCarrFCC) November 22, 2022
This comes after concerns raised by Members of the European Parliament about data access from inside China https://t.co/aWlVl6hnXJ pic.twitter.com/dhOCojKKOW
CONTEXTO. Em jun.22 o TikTok foi forçado pelo serviço de proteção ao consumidor europeu a cumprir legislações europeias sobre conteúdo e comércio.
POR QUE PREOCUPAÇÕES? Em jun.22, o BuzzFeed News revelou que dados de usuários do TikTok poderiam ter sido acessados na China pela ByteDance, empresa dona do TikTok, contrariando declaração anterior da empresa.
A reportagem teve acesso a gravações de mais de 80 reuniões internas do TikTok. “Tudo é visto na China”, disse um membro do departamento de Confiança e Segurança do TikTok durante uma reunião em set.21.
NOS EUA. As mesmas preocupações sobre privacidade e dados de usuários fizeram com que a ByteDance e o governo americano assinassem um acordo de cooperação em set.22. O documento prevê que dados de usuários nos EUA sejam armazenados em servidores da Oracle, empresa de tecnologia baseada no Texas, ao invés da China.