Ao longo da campanha eleitoral, entidades ligadas à defesa dos direitos humanos, organizações jornalísticas, sociedade civil, e associações de pesquisadores têm reiteradamente criticado a omissão das plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagem no combate à desinformação.
O Núcleo contou mais de 130
signatárias, em diferentes manifestos e cartas conjuntas, que pedem mais transparência e celeridade nas ações.
Além das organizações, o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já criticou a inação das plataformas para remover conteúdos desinformativos e punir usuários que violam os termos de uso e as leis eleitorais.
Em uníssono, as entidades chamam a atenção para a responsabilidade das plataformas em contribuir com a integridade do processo eleitoral. Como o Núcleo tem mostrado, o Google e redes como YouTube e TikTok têm sido usados para distribuir conteúdo desinformativo.
Para além disso, a falta de punição a posts que contestam a lisura das eleições fez com que este tipo de conteúdo circulasse livremente, consolidando a narrativa de fraude eleitoral entre a extrema-direita.
A maior parte das plataformas também não tem qualquer plano de contingência para lidar com a articulação de ataques que envolvam violência física.
Diante deste cenário, o TSE agiu por meio de uma resolução que dá amplos poderes aos magistrados para, inclusive, determinar o bloqueio temporário de acesso às plataformas.
As organizações da sociedade civil cobram respostas rápidas às solicitações da Justiça e ações contundentes diante da violação de políticas das plataformas.
MANIFESTOS E CARTAS
Pacto pela democracia: https://www.pactopelademocracia.org.br/blog/proteger-a-democracia-brasileira-exige-combate-assertivo-a-desinformacao
Human Rights Watch
https://www.hrw.org/pt/news/2022/10/28/social-media-platforms-are-failing-brazils-voters
Stop the Steal 2.0 https://s3.amazonaws.com/s3.sumofus.org/pdf/SoU_BrazilElections.pdf
Democracia pede socorro https://sleepinggiantsbrasil.com/democracia-pede-socorro/