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Mais de 650 funcionários da Alphabet, empresa dona do Google, assinaram uma petição pedindo à empresa estender os benefícios de saúde relacionados a aborto aos funcionários terceirizados. A petição também pede proteção à privacidade dos usuários após a decisão da Suprema Corte que derrubou a lei Roe v. Wade em junho.

O QUE ACONTECEU? Em junho, o Google emitiu um comunicado aos seus funcionários afirmando que o plano de saúde da empresa cobriria "procedimentos médicos fora do estado onde os trabalhadores vivem" e que eles poderiam solicitar a realocação sem justificativa.

No entanto, esses benefícios não valem para funcionários temporários, terceirizados e prestadores de serviço (TVCs, na sigla em inglês). Segundo a CNBC, a empresa contabilizava em julho 174.014 funcionários contratados em tempo integral e mais de 100.000 TVCs.

No comunicado de junho, a empresa anunciou que apagaria dados de localização relacionados a aborto, reabilitação ou violência doméstica. Agora, funcionários também pedem que o Google garanta que históricos de pesquisa relacionados ao acesso ao aborto “nunca sejam salvas, entregues às autoridades policiais ou tratadas como um crime”.

Google diz que apagará históricos de localização de visitas a clínicas de aborto
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Na prática, de acordo com o Engadget, isso significaria que mesmo com uma ordem judicial, autoridades não conseguiriam ter acesso aos dados por eles não existirem.

PREOCUPANTE. A demanda surgiu após notícias sobre o Facebook ter fornecido à polícia do Nebraska (EUA) mensagens privadas entre uma mãe e uma adolescente de 16 anos que supostamente realizou um aborto ilegal. Segundo o Motherboard, que obteve e divulgou o inquérito policial, o procedimento teria sido feito antes da derrubada de Roe v. Wade.

Ao todo, 22 estados norte-americanos devem banir ou restringir o aborto.

Reportagem Sofia Schurig
Edição Julianna Granjeia

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