Meta permite anúncios com desinformação sobre câncer

Clínica do México promove dieta onde o paciente precisa beber ao menos 13 copos de suco por dia.
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Durante a pandemia de COVID-19, a Meta veio a público dizer ser uma aliada da luta contra desinformação sobre vacinas e tratamentos milagrosos. No entanto, anúncios de tratamentos de câncer não comprovados, desmascarados e até prejudiciais continuam a aparecer no Facebook e no Instagram, segundo reportagem do MIT Technology Review.

OS ANÚNCIOS: Segundo o MIT, a biblioteca de anúncios da Meta mostra uma série de anúncios de clínicas que oferecem tratamentos não aprovados pela FDA, agência sanitária e regulatória dos EUA.

A clínica CHIPSA no México promove, por exemplo, o método "terapêutico de Gerson", dieta onde o paciente precisa beber ao menos 13 copos de suco por dia e uma variedade de suplementos. Não existem evidências científicas que comprovem a eficácia dessa dieta em pacientes com câncer.

Outras postagens da CHIPSA promovem o consumo de altas doses de vitamina C, algo extremamente perigoso. As "toxinas de Coley" são um método desenvolvido no final do século XIX e ainda sem eficácia comprovada. Além disso, apresenta riscos incluindo infecção, reações alérgicas, anafilaxia e, em casos graves, choque anafilático.

A POLÍTICA DA EMPRESA: A política interna da Meta proíbe anúncios contendo “afirmações enganosas, falsas ou enganosas como aquelas relacionadas à eficácia ou características de um produto ou serviço, incluindo afirmações enganosas sobre saúde, emprego ou perda de peso que estabelecem expectativas irrealistas para os usuários”.

Além disso, regras de comunidade da empresa também impedem que o conteúdo do site responsável pelo anúncio “promova ou advogue por curas milagrosas prejudiciais a questões de saúde”.

PROBLEMÁTICO: Em um estudo de 2017, a pesquisadora em oncologia da Universidade de Utah Skylar Jonhson e seus co-pesquisadores descobriram que pacientes com câncer de mama que recebem tratamentos de “medicina alternativa” tinham mais probabilidade de morrer após 5 anos, em comparação com aqueles que recebiam tratamentos convencionais, como a quimioterapia.

Texto Sofia Schuring
Edição Julianna Granjeia

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