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Sites e aplicativos como o YouTube são projetados para nos manter o maior tempo possível neles. O que está em jogo ali é a nossa atenção, então é do jogo que o Google, a empresa dona do YouTube, empregue todos os artifícios possíveis para nos prender o maior tempo possível ali dentro — vendo vídeos e, claro, anúncios.

Apenas a título de exemplo, em fevereiro de 2017 o YouTube comemorou a marca de 1 bilhão de horas gastas assistindo a vídeos por dia. A meta fora estipulada em 2014 e alcançada graças ao uso pesado de vídeos recomendados, incluindo extremistas e mentirosos.

Apesar disso, o YouTube é basicamente o repositório de vídeos na internet. É possível usá-lo sem se deixar levar pelo canto da sereia, digo, do algoritmo? É sim!

Extensões

Para quem usa o YouTube majoritariamente no navegador, existem extensões que bloqueiam ou alteram padrões viciantes do YouTube.

Comece pela Clickbait Remover (gratuita, para Chrome e Firefox).

Ela troca as miniaturas (as “thumbs”) personalizadas dos vídeos, muitas vezes apelativas, por um quadro aleatório do vídeo em questão.

Outra boa extensão é a Unhook (gratuita, para Chrome, Edge e Firefox).

De uma vez só, ela remove uma série de distrações do YouTube: vídeos relacionados, comentários, aba de Shorts (vídeos curtos), recomendações da página inicial, vídeos em alta etc. As configurações são granulares, ou seja, é possível eliminar uma distração e manter outras.

Se você usa sistemas Apple, o Safari tem uma extensão chamada Vinegar (R$ 10,90) que substitui o player do YouTube por um padrão do sistema. Acho esse player padrão mais leve. Além disso, há dois benefícios indiretos muito valiosos:

  1. Elimina anúncios antes, durante e depois dos vídeos; e
  2. Permite usar o PIP no iOS e iPadOS.

Outro caminho possível, mais complexo, mas que pode eliminar a necessidade de alguma extensão acima, é usar bloqueadores de anúncios (uBlock Origin, 1Blocker) para bloquear elementos da interface do YouTube.

Aqui, por exemplo, criei uma regra no 1Blocker para não carregar o elemento identificado como #related no site do YouTube, onde fica a coluna lateral de vídeos recomendados. Veja como fica uma página de vídeo com esse bloqueio vigente:

Print do Safari com um vídeo do Manual do Usuário aberto no YouTube, com o player de vídeo HTML5 e sem a barra lateral de recomendações.

Aplicativos

Não existem (ou desconheço) aplicativos alternativos do YouTube para iOS. No Android, existiam dois; um deles, o Vanced, foi encerrado abruptamente no início do ano. Sobrou, então, o NewPipe.

Outras configurações

Uma alternativa bem alternativa é usar um “front-end” diferente. Já dei a dica aqui no site do Invidious, um site que se coloca entre você e os servidores do YouTube com uma interface menos pesada e que garante mais privacidade.

Uma última dica: acesse o YouTube deslogado ou, se não quiser ou preferir fazê-lo logado, desative o histórico de reprodução na sua conta Google. Basta acessar esta página estando logado no Google/YouTube e clicar/tocar no botão Desativar.

Isso diminuirá as sugestões de conteúdo de canais que você não segue, o que acaba sendo a única maneira de mitigar o algoritmo de recomendação em plataformas menos flexíveis, como as das TVs.

Post feito em parceria com o Manual do Usuário

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