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A Amazon planeja lançar um aplicativo de mensagens para uso interno dos seus funcionários. O site The Intercept nos EUA teve acesso a documentos que revelam que a empresa previa bloquear no app (ainda indisponível) certos termos que julga problemáticos, marcando funcionários que tentassem usá-los.

É CENSURA QUE CHAMA? A lista de termos bloqueados é longa e inclui qualquer um que possa representar críticas ou ameaças à maneira com que a Amazon lida com sua força de trabalho.

“Sindicato”, “trabalho escravo”, “liberdade”, “salário mínimo”, “ética” e “injustiça” são alguns que saltam à vista. Veja a lista completa no The Intercept.

POSSO IR AO BANHEIRO? Outros termos são menos óbvios, e por isso mais chocantes.

“Banheiro” é um termo proibido, provavelmente pelas histórias de horários cronometrados para que os funcionários de depósitos e centros de distribuição façam suas necessidades fisiológicas — há relatos comprovados de funcionários que urinavam em garrafas para dar conta da demanda imposta pela Amazon.

Outros termos inusitados são mais difíceis de explicar, como “isto é bobo”, “robô” ou “vacinas”.

GAMIFICAÇÃO. O aplicativo de mensagens foi debatido internamente na Amazon como uma maneira de levantar o moral dos funcionários, parte de um sistema maior de gamificação em que os próprios funcionários se elogiariam. Seus testes começariam no final de abril.

“Algumas pessoas são malucas por colecionar estrelinhas”, disse em uma reunião Dave Clark, head global de negócios do consumidor, de acordo com os documentos vistos pelo The Intercept.

O QUE DIZ A AMAZON. Em nota à publicação, uma porta-voz da Amazon disse que o aplicativo em questão ainda não foi aprovado e poderá mudar drasticamente ou nem ser lançado.

“Se lançarmos [o aplicativo] em algum momento”, prosseguiu a porta-voz, “não há planos para filtrar muitas das palavras mencionadas. Os únicos tipos de palavras que poderão ser filtradas são aquelas que são ofensivas ou abusivas, com o intuito de proteger nossa equipe.”

Via The Intercept (em inglês).

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