Zuckerberg está fascinado com IA e faz Meta apostar alto

Investimento da Meta em IA levará anos para dar resultado e deve encher apps da empresa de chatbots parecidos com o ChatGPT.

Mark Zuckerberg está fascinado com inteligência artificial, o que talvez seja má notícia para os usuários do Facebook, Instagram e WhatsApp.

O QUE HOUVE? O alerta veio na quarta (24.abr), na conferência após divulgar os resultados da Meta no primeiro trimestre.

Aos acionistas, Zuck disse que poderá demorar anos para que os investimentos pesados em IA tragam retorno.

A parte que nos importa, porém, é como essa IA será implementada nos apps. Nas palavras do CEO (via The Verge):

Existem várias maneiras de construir um negócio enorme aqui, incluindo escalar [apps de] mensagens para empresas, introduzir anúncios ou conteúdo pago em interações de IA e permitir que as pessoas paguem para usar modelos de IA maiores e acessar mais poder computacional. E além disso, a IA já está nos ajudando a melhorar o engajamento do aplicativo, o que naturalmente leva a mais visualizações de anúncios e a melhorar os anúncios em si para oferecer mais valor.

DE VOLTA AO PRESENTE. Um dia antes, a Meta expandiu o Meta AI, sua resposta direta ao ChatGPT da OpenAI.

Em cerca de uma dúzia de mercados onde o inglês é o idioma predominante, o Meta AI apareceu na busca do Instagram, em mensagens no WhatsApp e em grupos do Facebook.

O site 404 Media reportou um episódio bizarro em que o Meta AI, comentando em um grupo de pais de crianças especiais, afirmou que era pai de uma.

Como parte de um experimento, o Meta AI interage em grupos do Facebook quando é @invocado ou um post não recebe respostas em até uma hora depois de ir ao ar.

SAIA DA MINHA BUSCA. Na FastCompany, Scott Nover teme que a infusão de IA nos apps da Meta piore a usabilidade deles.

O QUE MAIS? Nem os clientes da Meta, anunciantes, se livraram da IA.

No domingo (28.abr), o The Verge reportou um problema na ferramenta de IA para anunciantes, do tipo “configure e esqueça”, que passou a se comportar de modo errático em mar.2024.

As chamadas campanhas de compras Advantage+ automatizam a criação e segmentação de anúncios a partir de artes e metas pré-definidas pelo anunciante.

Agências consultadas pela reportagem relataram um comportamento anormal da ferramenta, que levou a gastos até 10 vezes maiores que o normal no CPM (custo por mil impressões).

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