O Google demitiu mais 20 funcionários que protestaram contra o contrato de U$1,2 bilhão, que envolve o fornecimento de serviços de nuvem ao Ministério da Defesa de Israel e às Forças de Defesa de Israel.
No total, 48 pessoas foram demitidas por protestar contra o acordo. Semana passada, a big tech demitiu 28 pessoas vinculadas ao protesto, incluindo nove que foram presas por ocuparem o escritório do CEO do Google Cloud, Thomas Kurian.
DISSIDÊNCIA. O No Tech For Apartheid, coletivo que representa funcionários do Google e da Amazon, declarou que as grandes empresas de tecnologia estão tentando “abafar a dissidência, silenciar seus empregados e reafirmar seu domínio sobre eles”.
Em nota, o grupo afirmou que os trabalhadores persistirão na organização até que o Google desista do Projeto Nimbus.
Os termos do contrato de US$ 1,2 bilhão estipulam que nem o Google, nem a Amazon, podem suspender os serviços sob pressão de boicotes. As empresas também estão proibidas de negar serviço a qualquer entidade governamental em particular.
Documentos revelados pelo Intercept em 2022 sugerem que o Google estaria disponibilizando ferramentas de inteligência artificial como tecnologias de reconhecimento facial e monitoramento.
CAMISA DA AMIZADE. Em 18.abr, no mesmo dia em que ocorreu a ocupação, o CEO do Google, Sundar Pichai, adicionou ao final de um comunicado sobre mudanças estruturais para melhorar os projetos da empresa no campo da inteligência artificial que os funcionários não deveriam “brigar por questões disruptivas” ou “debater política”.
“Em última análise, somos um local de trabalho e nossas políticas e expectativas são claras: este é um negócio, e não um lugar para agir de uma forma que perturbe os colegas de trabalho ou os faça se sentirem inseguros”, disse Pichai.
OUTRO LADO. Ao Axios, um porta-voz do Google afirmou que os funcionários foram demitidos após uma investigação interna revelar que eles estavam “diretamente envolvidos em atividades disruptivas” dentro dos prédios da empresa.